sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

No Caminho da Palavra...

Irmãos e irmãs companheiros no caminho da Palavra, boa tarde!
 
“Em nosso abatimento ele se lembrou de nós, porque sua misericórdia é eterna.” Sl. 135,23

            A misericórdia é uma ambiência estranha a todo aquele que não ama. Não há possibilidade de compreensão desse modo de Deus quando o coração não se permite olhar para além de si e de suas razões. Somente na peregrinação de cada um rumo à alteridade vislumbra-se ao longo do caminho os passos, as paradas e a chegada. É um mistério intrigante saber que fomos criados no amor, mas um amor profundamente apaixonado que de Si nada reservou, imprimiu-se em cada um de nós de modo que cada criatura nos permite vê-Lo ao longo do caminho e nos recorda a rota que devemos seguir para chegarmos à fonte de nós mesmos.
            Essa misericórdia que é força do amor que tudo faz pelo homem e pela mulher, um amor que chega quase ao nada somente para alcançar suas criaturas, um amor sem medidas que até mesmo se cala para salvar. Há um propósito na misericórdia, possibilitar o soerguimento de tantos que ao longo do mesmo caminho foram debilitados, pararam ou desistiram. Um grito amoroso que não teme comprometer-se. Não importa quantas desfigurações encontremos ao longo de nosso caminho existencial, precisamos aprender a ver em cada um Aquele de cuja realidade foi feito imagem.
            A distância da dignidade humana e a  impossibilidade de existência saudável, leva a pessoa ao esquecimento do amor como razão e ambiente de sua própria criação. Por isso a misericórdia é essa dinâmica do Espírito que nos exige empenho para resgatar a dignidade de cada um, para viabilizar a existência como experiência de encontro que leve ao coração amoroso de nosso Deus. Por isso cada cristão deve compreender seu papel inegociável de disseminar o amor misericordioso e a paz, ainda que isso lhe custe a incompreensão. Isso nos faz agir como Jesus que veio iluminar a todo homem que habita nossa terra.
            Grande retrato da misericórdia é a Eucaristia, mistério de amor, em que o Senhor entrega-se, divindade e humanidade, para nos alimentar e nos unir a Ele sem absolutamente nada exigir de nós. “Oh coisa admirável aos pobres servos, o Senhor alimentá-los com sua carne e seu sangue”. Iniqualável retrato do amor misericordiosos, fazer-se menor que o servo para elevá-lo à dignidade de seu Senhor. Muito precisamos aprender disso.
“Em nosso abatimento ele se lembrou de nós, porque sua misericórdia é eterna.”
 Tenha ouvidos misericordiosos, ouça sem julgar, somente acolha.
 
Que seu dia seja abençoado. Fique com Deus.
Pe. Fábio

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Homilia

Homilia da missa na TV Anhanguera de Palmas- TO
2º Domingo do Advento – 04-12-2011


Queridos irmãos e irmãs aqui presentes
Todos vocês que nos acompanham pela TV Anhanguera



É com alegria que estamos celebrando o segundo domingo do advento. Este tempo tão especial para nós, em que nos preparamos, durante quatro semanas, para a grande festa do Natal do Senhor, do Nascimento do nosso Salvador.

Maranhata, vem Senhor Jesus!

1. Neste tempo, nós dizemos como os primeiros cristãos maranhata! Refletimos sobre a vinda do Senhor. Preparemo-nos! Deixemos esta expectativa crescer em nós, que ela nos ajude a preparar o coração, a Fim de que o Salvador venha e realize obras novas em nossa vida.  
Ouvimos na primeira leitura, em Isaías 40,10: “Eis o vosso Deus, eis que o Senhor Deus vem com poder, seu braço tudo domina: eis, com ele, sua conquista, eis à sua frente a vitória”. Ele vem com poder, vem com a vitória, vem com a Salvação, vem para inaugurar o seu reino de paz. Também, em sintonia com a primeira leitura, ouvimos Pedro dizer: “O que nós esperamos, de acordo com a sua promessa, são novos céus e uma nova terra, onde habitará a justiça” (2º Pd 3,13). Esperamos a sua vinda gloriosa no ultimo dia, sim! E também a sua vinda espiritual em nossa vida, todos os dias, hoje. Nesta eucaristia ele virá. Ele revelará sua salvação, a sua vitória. É tempo de oração, de dizer vem Senhor Jesus, vem em minha vida, vem em minha família, vem em minha casa. É tempo de dizer como o salmista: “Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei!” (Sl 84). 

Convertei-vos, preparai o caminho do Senhor 

2. Continua a carta de Pedro: “Caríssimos, vivendo nessa esperança, esforçai--vos para que ele vos encontre numa vida pura, sem mancha e em paz” (II Pd 3,13.14). A expectativa do Advento é humilde, austera, alegre e de conversão. A conversão é este caminho importantíssimo que o advento nos apresenta; cada tempo que celebramos, devemos não somente repetir os ritos, mas deixar que os ritos nos toquem, e assim seremos transformados, e assim viveremos diferentemente, não porque o vivemos em um lugar diferente, ou com mais enfeites, mas porque nós mudamos, nós nos tornamos melhores, a mudança foi dentro de nós: “esforçai--vos para que ele vos encontre numa vida pura,  sem mancha e em paz”. 
O santo Evangelho nos apresenta a figura excelente do profeta João Batista. Ele aparecia no deserto, pregando um batismo de conversão, para o perdão dos pecados. Toda a região da Judéia, e todos os moradores de Jerusalém iam ao seu encontro. Confessavam seus pecados e se deixavam batizar por ele. O centro da sua pregação era: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas estradas!’” (Mc 1,2.3). Era a conversão: que é o caminho para a nossa santidade, para a nossa salvação, nossa felicidade. Quanto mais nos convertermos a Cristo, mais seremos dele, mais estaremos recebendo as suas graças, porque nos abrimos a Ele, mas estaremos preparados para a sua vinda, estaremos produzindo frutos que mostram a nossa conversão e preparando seus caminhos.

Sede sóbrios e vigiai 

3. Este tempo também é marcado pela palavra exortativa “vigiai”! Muitos vivem como se Deus não existisse, etsi Deus non daretur’ (como se Deus não existisse), e se pra eles existe, não lhes importa. Estão como em um sono, dormindo para Deus, dormindo para as coisas de Deus, para a vida de Igreja, para a conversão. A fé nos ajuda a viver acordados, a sair deste sono. Nós, que temos fé, não estejamos dormindo, mas vigiando, atentos, de olhos abertos. Esta é a penitência do advento, como nos diz o Apóstolo: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;" (1 Pd 5.8).  
Sobriedade e vigilância. Cada dia, cada manhã devemos renovar o nosso propósito de fidelidade e amor ao Senhor, para produzirmos frutos que mostrem a nossa conversão, para que o Reino de Cristo se espalhe, cresça na sociedade e no coração de todos.


PE GERALDINHO
Arquidiocese de Palmas-TO,
Com. de Aliança Canção Nova
Estudando em Lugano,Suíça, 2009-2013
www.pgeraldinho.com

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

No Caminho da Palavra...

Irmãos e irmãs companheiros no caminho da Palavra, bom dia!
 
“Para anunciarem quão justo é o Senhor, meu rochedo, e como não há nele injustiça.”
                                                                                                                       Sl 91,16

            Toda pessoa humana tem sua origem em Deus e está destinada ao coração de Deus. Ao chamar-nos à vida não nos deu alguma coisa, mas fez-nos partícipes de Si mesmo, revestindo-nos da mais alta dignidade e revelando-nos, a partir de nós, o caráter sagrado da realidade humana.
            É precisamente a partir desse nosso humano que Deus, permanecendo em Luz inacessível, abre o caminho da acessibilidade ao seu coração a toda pessoa que percorre a existência impulsionada pelo amor, diretriz inegociável que leva o homem e a mulher ao céu e traz o céu a cada um de nós.
            A justiça de nosso Senhor primeiro manifesta-se em nos ter Ele amado mesmo quando o amor não se constituía como a plataforma de nossa vida nem a trajetória de nossa existência. Antecipou, a partir de Si, o que nos quer oferecer a todos realizando em cada um a justiça divina dando-nos identidade singular ao tocar a transitoriedade humana com a eternidade imutável do amor.
            Vivemos na justiça quando reconhecemos e assumimos em nós mesmos esse toque de Deus que nos preenche de céu e nos singulariza no cenário da criação. Porém a justiça é verdade em nós quando aceitamos que todos os nossos semelhantes trazem em si essa mesma e imutável verdade: o toque de Deus! Isso redefine nossos pensamentos, nossos sentimentos, nossas palavras, nossos olhares, nossos critérios, nossas escolhas, nossas decisões e nossas ações, em relação a nós e aos nossos semelhantes.
            Cada olhar humano perdido, cada sorriso obstruído, cada história danificada, cada pessoa negligenciada, cada vida inviabilizada, cada existência negada interrompe o diálogo entre o humano e o divino. Cerrar os olhos ao humano fissura a estrada de acesso ao coração de Deus, pois promove a injustiça, negação do equacionado toque de Deus em todos.
            Toda disposição ao bem, à promoção do humano, à defesa da vida; todo prato cheio, todo leito limpo, toda morada digna, todo lar estável, todo diálogo gratuito, todo perdão ofertado, toda mão estendida, toda conquista compartilhada, todo sorriso compartido, todo percurso de mãos estendidas proclama a justiça de Deus e nos faz justos aos Seus olhos.
“Para anunciarem quão justo é o Senhor, meu rochedo, e como não há nele injustiça.”

- Traga de volta ao seu coração alguém que lhe tenha decepcionado e restaure a amizade a partir de Deus.
Que seu dia seja abençoado. Fique com Deus.
Pe. Fábio

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Mutirão de Confissões

Lembrando a todos, que hoje quinta feira temos o mutirão de confissões aqui na paróquia à partir das 19:30.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

No Caminho da Palavra...

Irmãos e irmãs companheiros no caminho da Palavra, bom dia!
“Não darei sono aos meus olhos, nem repouso às minhas pálpebras, até que encontre uma residência para o Senhor, uma morada ao Poderoso de Jacó.”  
Sl. 131, 4-5

             O grande e surpreendente mistério é que o próprio Senhor veio e preparou uma casa para seu repouso, e fez-nos a todos guadiães dessa habitação. Ele nos antecede no amor e nos surpreende em sua entrega amorosa. É maravilhosamente surpreendente essa ação de Deus; vendo-nos impossibilitados de Si não nos substitui por alguém mais qualificado, mas imerge em nossa existência e habita nossa frágil vida iniciando o processo de nossa santificação.
            Esse misterioso amor que não aguarda nossa capacidade ou possibilidade de alcançá-Lo, mas alcança-nos vindo à nossa baixeza e num movimento suave, lento, forte e irrevogável vai nos elevando consigo até que queiramos ser somente d’Ele e para Ele. É absolutamente distinto de nós que temos por critério de proximidade e distanciamento o mérito ou o descrédito das pessoas.
            Cada vez que negligenciamos a vida humana negamo-nos à reciprocidade do céu e nos fazemos apenas terra sem cosistência. O distanciamento que por vezes estabelecemos na reciprocidade de nosso amor e no real valor das pessoas acercando-nos mais de títulos e funções do que propriamente da verdade de pessoas habitadas por Deus obstrui a ação do Espírito que em nós quer entoar o seu cântico revelador e transformador: Maranata!, Senhor meu vem!
            Há uma inegociável exigência para todos os que pretendem trilhar as sendas do Espírito: não dissociar o culto a Deus da responsabilidade pelo humano! Nenhuma razão justifica qualquer ação negligente com as pessoas. É precisamente por conhecermos o autor da vida, que a ela devotamos respeito e nela encontramos aninhado o seu criador. É tão antigo e tão novo; tão simples e tão dificultado; tão belo e tão rejeitado: aceitarmo-nos pelo que somos em detrimento do que temos. Aceitar que somos todos barro em suas mãos.
“Não darei sono aos meus olhos, nem repouso às minhas pálpebras, até que encontre uma residência para o Senhor, uma morada ao Poderoso de Jacó.”  

- Converse hoje com as pessoas. Fale de Deus e convide-as a um momento de oração.
Que seu dia seja abençoado. Fique com Deus.
Pe. Fábio

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Alguns aspectos sobre a importância da catequese na vida e missa da paróquia.

No Brasil, a Igreja tem valorizado muito a catequese. Através de encontros, cursos, mobilizações, celebrações, publicações e tantas outras coisas, tem despertado interesse maior nas pessoas a participarem desse ministério, que é de fundamental importância para formação do povo de Deus. Nas palavras do papa João Paulo II, Quanto mais a Igreja, a nível local ou universal, se mostrar capaz de dar prioridade à catequese, tanto mais encontrará na catequese o meio para a consolidação da sua vida interna como comunidade de fiéis, bem como da sua atividade externa missionária”[1].

Neste breve espaço, buscaremos evidenciar alguns aspectos da importância da catequese na vida e missão da paróquia. Sabemos que a vida paroquial do cristão pode empobrecer-se, e depressa entrar em  ritualismo vazio, ou simplesmente em sentimentalismo, se não estiver fundada em conhecimento sério do que significam os mistérios cristos. Além disso, sem este conhecimento, o cristão será incapaz de dar razão à sua fé. Baseados na sagrada escritura e nos principais documentos da Igreja sobre a catequese[2], vemos que os mais importantes aspectos da catequese na vida e missão da paróquia são:

1) Catequese: um caminho de iniciação à vida de fé

Após o deslocamento de uma catequese simplesmente doutrinária para um modelo mais experiencial, a Igreja trouxe uma catequese mais viva, que introduz nos mistérios cristãos o catequizando, para que este, tenha uma experiência de fé. Esta integra tanto a dimensão doutrinal como a da experiência com Deus, ao tornar discípulo de Cristo o catequizando, seja criança ou adulto.
Esta metodologia leva à pratica da fé, a uma fé viva e atuante, que se expressa, sobretudo, na vida litúrgica, missionária e orante da Igreja. É uma iniciação no caminho da espiritualidade cristã, abrangendo a sagrada liturgia com todos os seus sacramentos, a leitura orante da Palavra de Deus, a religiosidade popular, a prática da oração pessoal e comunitária.

2) Um lugar de encontro com Jesus Cristo

É catequese cristocêntrica, que nos conduz à essência da vida cristã, que é o nosso Salvador Jesus Cristo, ao Seu evangelho, à opção por Ele, que nos revela o Pai no Espírito Santo. Para nós é muito claro, como nos diz o papa Bento XVI, que “Não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande idéia, mas através do encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá um novo horizonte à vida e, com isso uma orientação decisiva”[3].

A catequese deve anunciar a Boa Nova e formar discípulos e missionários; deve favorecer o encontro com Jesus Cristo, Salvador de todos os homens. Os encontros de catequese não são aulas, os catequizandos não são alunos e os catequistas não são professores. Isto não deve  constituir-se apenas de uma mudança de termos, mas de atitudes.

Os encontros de catequese visam a levar os catequizando a uma viva experiência de fé, a um verdadeiro encontro com Cristo Senhor, em um clima comunitário, de amizade, de união. Este encontro é um dom divino, revelando-se assim um inestimável tesouro, como nos diz o Documento de Aparecida: “Conhecer a Jesus Cristo é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria”[4].

O encontro com Cristo é necessário sempre recordá-lo e reavivá-lo. São grandes as possibilidades e muitos os meios culturais que a catequese pode utilizar para ajudar as pessoas a encontrar Jesus Cristo.  Além de vários meios espirituais, podem ser usados todos os recursos que a nossa cultura nos oferece como, por exemplo, os da cultura midiática, desde os tradicionais como jornal, televisão, rádio, até os mais modernos como internet e outros, todos podem estar a serviço da Palavra de Deus, para que Cristo seja amado e conhecido. A catequese tem este único fim: servir ao homem, para que ele possa encontrar Jesus Cristo, a fim de que Ele possa levar todos a percorrer a estrada da vida nova.

3) Um processo de inserimento na vida eclesial

A catequese nos introduz na vida da Igreja, nos leva a ser igreja, a pertencer ao corpo místico de Cristo, à comunhão dos santos. É na Igreja que a vida cristã cresce, comunica-se e se desenvolve. Cristo após instituí-la, ordenou que ela levasse sua mensagem a todos os homens de todos os tempos e lugares, até que Ele volte: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15). Por isto a Igreja é “o sacramento universal da salvação”, é necessária para a salvação.

A catequese deve ensinar o Credo da Igreja, os Sacramentos da Igreja, a Moral da Igreja, a Liturgia e a Oração da Igreja. Deve incentivar os catequizandos à participação nos movimentos, pastorais e outros grupos evangelizadores da Igreja. A catequese deve ser integrada às outras pastorais, tornando-se orgânica e de conjunto, a catequese da comunhão.

4) Processo permanente de formação integral

A catequese de iniciação compreende todo o processo de formação catequética, até à recepção dos três sacramentos da iniciação cristã: Batismo, Eucaristia e Crisma. Terá a orientação da paróquia, mas se dará por acompanhamento também dos pais/responsáveis. Esta fase destina-se a forjar as atitudes básicas do cristão e a tornar conhecidos os pontos fundamentais da doutrina da Igreja. Ela despertará também o catequizando para suas responsabilidades na Igreja e no mundo, levando-o a assumir compromissos concretos na comunidade, em testemunho coerente, como se espera do cristão.
A fase de iniciação é importantíssima, mas, graças, a Deus a formação cristã se prolonga pela vida inteira. Não só as crianças, mas também os adultos começam a merecer maior atenção, e cada vez mais buscam melhorar sua formação. A finalidade específica da catequese, no entanto, não é só de introduzir a pessoa na fé, mas também, de promover o crescimento e de alimentar quotidianamente as suas vidas, em todas as idades, em formação permanente, capacitando o cristão a conhecer, celebrar, viver, anunciar e testemunhar a Boa Nova de Cristo.

A Catequese é um processo de educação gradual e progressivo, adaptando-se e respeitando os ritmos de crescimento de cada um, abrangendo as diversas dimensões que deverão integrar-se harmonicamente ao longo de todo o processo formativo: “Trata-se das dimensões humana, espiritual, intelectual, comunitária e pastoral-missionária”[5].

5) Escola de conhecimento da Palavra de Deus

A Sagrada Escritura é para nós o livro da fé, e, por isso mesmo, é o texto principal da catequese. A alma da catequese é a santa Bíblia, a Palavra de Deus, onde a vida é orientada para novas atitudes, segundo os valores do evangelho. A catequese é considerada anúncio da Palavra de Deus, a serviço da qual se coloca. O princípio da interação fé e vida, aplicado à leitura da Bíblia, gera um tipo de leitura vital e orante da Palavra de Deus. Deve ser incentivada a utilização da Bíblia nos encontros de forma catequética e orante. Assim Paulo orientou Timóteo: “Desde a infância conheces as Sagradas Escrituras e sabes que elas têm o condão de te proporcionar a sabedoria que conduz à salvação, pela fé em Jesus Cristo. Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça” (2Tm 3,15.16).

É também muito importante ensinar os métodos de leitura da Palavra de Deus, e os vários meios de acesso à Bíblia, tanto impresso, como em vídeo e áudio. O verdadeiro catequista tem a convicção (mística) de que é profeta hoje, comunicando a Palavra de Deus com seu dinamismo e eficácia, na força do Espírito Santo.

6) Lugar de iniciação às virtudes e  à moral católica



A Moral da Igreja é a base, é o alicerce do nosso comportamento; por isso é ensinada na catequese, de modo que o cristão, conhecendo os dogmas da fé e a doutrina das sagradas virtudes, viva conforme as leis de Deus, em uma vida virtuosa. Nos ensina o nosso Catecismo: “Importa, na catequese, revelar com toda clareza a alegria e as exigências do caminho de Cristo. A catequese da vida nova” (CIC,1697).
As virtudes humanas (fortaleza, prudência, justiça e temperança) e as virtudes teologais (fé, esperança e caridade), faz que abracemos a beleza e a atração das retas disposições em vista do caminho de Cristo, do bem. “O caminho de Cristo “leva à vida”; um caminho contrário “leva à perdição” (Mt 7, 13). A parábola evangélica dos dois caminhos está sempre presente na catequese da Igreja. E significa a importância das decisões morais para a nossa salvação”[6]. Foram nas virtudes que os santos se inspiraram com prodigalidade para amar e seguir Jesus Cristo. A virtude da caridade nos fez tomar uma opção preferencial pelos pobres. Assim a catequese é transformadora e libertadora: uma mensagem de fé, que iluminando a existência humana, forma uma consciência crítica diante das estruturas injustas, levando a uma ação transformadora das realidades sociais: “a Igreja é chamada, em virtude da sua própria missão evangelizadora, a servir o homem. Tal serviço tem a sua raiz primeiramente no fato prodigioso e empolgante de que, com a encarnação, o Filho de Deus uniu-se de certa forma a todo o homem”[7].

7) Um lugar de interação fé e vida

O conteúdo da catequese compreende dois elementos que se interagem: a experiência da fé e a experiência da vida. A afirmação do princípio de interação fé e vida é a recusa tanto do excesso da teoria desligada da realidade da vida, como de uma fé sem compromisso com as realidades humanas, desvalorizando as necessidades do “aqui e agora”. São dois excessos que nos alienam e nos afastam da verdadeira fé da Igreja. O método tradicionalmente utilizado é o Ver-Julgar-Agir-Celebrar-Avaliar, cabendo a cada catequista fazer as adaptações necessárias. Portanto não é suficiente ter a doutrina e suas verdades fundamentias em mente. O conhecimento é fundamental, mas deve levar sempre à fé e à conversão. O cristianismo é uma experiência de fé, vida e salvação. A catequese deve dar prioridade ao aspecto experiencial e prático da fé, para que o catequizando torne-se verdadeiro discípulo e missionário de Jesus Cristo e possa dar a vida por Ele.
PE GERALDINHO
(Palestra no 1º Retiro Pastoral da Paróquia Santa Rita de Cássia, Aureny I-Palmas-TO, 27-11-2011).



NOTAS

[1] JOÃO PAULO II, Catequese Tradendae, 15: “a Igreja é convidada a consagrar à catequese os seus melhores recursos de pessoal e de energias, sem se poupar a esforços, trabalhos e meios materiais”.
[2] Catequesi Tradendae, 1979; Catequese Renovada, 1983; Diretório Geral de catequese, 1997; Diretório Nacional de catequese, 2005.
[3] BENEDETTO XVI, Deus Caritas Est, n.12; Documento de Aparecido, n. 243.
[4] Documento de Aparecido, n. 29.

[5] Documento de Aparecido, n. 280
[6] CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, n. 1696. 1697.
[7]  JOÃO PAULO II, Christifideles Laici, 36.
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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Decididamente - Adoração e vida

A comunhão dos santos

O Sermão da Montanha é o programa do Reino dos Céus. É o Reino proclamado por João Batista e, depois, pelo próprio Jesus. Em Mateus, Jesus faz a Sua proclamação no alto de uma montanha, como momento inaugural do Seu ministério na Galileia. Moisés, também no alto da montanha, recebeu de Deus as Tábuas da Lei e os Mandamentos. Agora, é Jesus, que, no Seu anúncio do programa do Reino, transmite as oito bem-aventuranças aos discípulos que vêm a Ele, no alto.

O estado de felicidade, associado à prática dessas bem-aventuranças, enche de esperança e atrai quem ouve Jesus. Nas bem-aventuranças, encontramos valores universais, que podem ser estendidos e acolhidos por todos. Ser bem-aventurado é ser santo. A Igreja, segundo o Catecismo da Igreja Católica, é comunhão dos santos. Essa expressão designa, primeiro, as coisas santas, ressaltando, antes de tudo, a Eucaristia, que une os fiéis em Cristo. Em segundo lugar, designa a comunhão das “pessoas santas” em Cristo, que “morreu por todos”.

Cremos na comunhão de todos os fiéis em Cristo, dos que são peregrinos na terra, dos que faleceram e estão terminando a sua purificação, dos bem-aventurados do céu, formando todos, juntos, uma só Igreja e cremos também que, nesta comunhão, o amor misericordioso de Deus e de Seus santos estão sempre à escuta de nossas orações.

Todos os santos e todas as santas de Deus, rogai por nós que recorremos a vós!




Fonte: Canção nova

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Camisetas....


Pessoal essas são as camisetas que estão sendo vendidas para ajudar na construção da Matriz de Santa Rita de Cássia.  Já estão disponíveis na secretaria da paróquia. Compre já a sua e ajude você também.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Testemunho de um jovem...

TESTEMUNHO DE UM JOVEM - Pe Geraldinho

Num momento de expectativa e de oração que antecedia a Santa Missa, já indo em direção à capela, o Paulo Simeão, me chamou e passando um pouco de emoção em suas palavras me entregou um pequeno bilhete pedindo que eu rezasse por alguns amigos seus que tinham sido assassinados.

Após a santa missa ele contou-me quem era e como havia encontro nova direção para sua vida: – Padre, sempre fui de uma família católica, acreditava em Deus, ia à Igreja e gostava de estudar. Com meus 14-15 anos, fui ficando independente, comecei a ir para às festas, me afastar da família e dos bons amigos. Me envolvi com amizades erradas e pessoas que não me ajudavam a crescer na vida. Ainda criança já fumava cigarro porque achava bonito. Depois fiquei viciado e fumava dois, três maços de cigarro por dia. Logo veio o álcool, esses dois foram juntos a porta de entrada para outros vícios e outras drogas muito mais destruidoras. Minhas novas amizades já bebiam e usavam drogas e, fui me envolvendo. Logo perdi o gosto pelos estudos e fiquei reprovado. A coisa foi só se agravando. Meu dinheiro só dava pra drogas, prostituição, festas e bebedeiras.

Comecei a tratar mal a minha família que queria que eu saísse daquela vida. Meus amigos que eram só usuários já estavam assaltando e traficando. E depois de mais de dez anos naquela vida imunda ainda veio o craque, droga muito mais química e alucinadora com um efeito muito mais rápido. Esta, não me deixava dormi e nem comer. Eu já não me dominava mais e sim as drogas. Estava no fundo do poço, até meus amigos se afastaram de mim. Eu roubava meus próprios amigos, meus vizinhos e até minha própria família. Não me cuidava mais. Cheguei ao pior desejo que alguém possa ter: querer tira a própria vida. Ai vi que precisava de ajuda, precisava de uma luz. Fui para uma clínica psiquiátrica mas só passei alguns dias, não conseguia passar muito tempo, só no máximo um mês; era horrível, tomava muito remédio. Disseram que era minha ultima chance. Cheguei a mendigar, passar três quatro noites na rua, sujo, descalço, sem comer e sem dormir.

Minha família foi tudo pra mim. Minha mãe dizia que eu tinha que coloca Deus na minha vida, seguir uma Igreja e eu achava que Deus já tinha me abandonado e já não me aceitava mais por todo mal que eu tinha feito. Então vi que uma luz no fim do túnel brilhou para mim: Me convidaram para conhecer a comunidade Católica Shalom. Comecei a rezar, participar de formações e ver testemunhos de pessoas que tinham passado pelo que eu passei e conseguiram sair. Essa experiência me ajudou muito, mas precisava me retirar daquela cidade, pois morando naquele lugar não conseguia tomar uma decisão definitiva. Então minha irmã me falou sobre a Fazenda da Esperança no Estado do Tocantins, meu coração aceitou.

Quando cheguei na fazenda me senti muito bem. Escutei muitos testemunhos, via minha vida na vida deles e vi que ali estava minha libertação. Só Deus poderia me tirar daquela vida. Sofri muito no tempo da abstinência da droga, pois me provocava falta de apetite, dor de cabeça, mal estar, insônia, depressão.... Mas com a Palavra de Deus que colocávamos em nossa vida, a companhia dos que também estavam nesta luta; o apoio dos responsáveis e com a terapia da fazenda que tem como fundamento o trabalho, a convivência e a oração, não demorei a perceber que estava sendo curado, estava conseguindo ficar sem as drogas, estava em fim, levando uma vida sóbria, sendo preenchida pela graça de Deus, com o trabalho e as amizades verdadeiras. Assim eu consegui passar um ano na fazenda. Ano de libertação.

Hoje estou levando uma vida nova, estou trabalhando, indo às missas, rezando o terço, reconquistei o amor da minha família, que é meu maior tesouro. A alegria voltou ao meu coração, me sinto um homem novo. Agradeço a Deus por ter me tirado daquela vida imunda. Que o meu testemunho possa ajudar a outros a sair desses cominhos que eu não desejo pra ninguém. Foram 20 anos numa escravidão, mais agora vivo sobe a luz da palavra de Cristo que diz: “Eis que faço novas todos as coisas” (Apo 21,5).



PE GERALDINHO
www.pgeraldinho.com

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

No Caminho da Palavra...


Irmãos e irmãs companheiros no caminho da Palavra, bom dia!
“Meus olhos se voltarão para os fiéis da terra, para fazê-los habitar comigo. Será meu servo o homem que segue o caminho reto.” Sl. 100,6
             Habitar em Deus é a resposta à realidade de Deus que habita em nós. Esse, na verdade, é o destino a que somos convidados. Mas esta meta nos exige a plataforma do amor, passos sem hesitação na direção da única e absoluta chave que possibilita a compreensão de cada um e de todos: o amor.
            Transitar no amor é condição para n’Ele habitar; é precisamente o seu não estranhamento que nos permite ver nos olhos de Deus, e de seu modo, o que Ele mesmo vê. O Senhor olha-nos a partir de Si, preenchendo-nos com sua vida.
            Neste encontro de olhares em que a humanidade que trazemos em nós é envolvida por Deus, reaprendemos ver o humano, Cuja singularidade, ainda não compreendemos e negligenciamos. Cada um traz em si a verdade de toda a humanidade e reconhecer isso, dispondo-se à proximidade que acolhe e se propõe à co-responsabilidade no bem, na paz, na realização e na felicidade uns dos outros é exigência para habitarmos com Deus.
            Abrir nossos corações ao Evangelho de Jesus permitindo-lhe desconstruir nossas vidas é o princípio do discipulado. Uma reordenação absoluta de todas as nossas razões, de todos os nossos motivos; a redefinição de nossas motivações e a recomposição do nosso olhar para o humano com seus dramas, e a nossa indignação com a exclusão de qualquer um dos nossos semelhantes. Incluir a humanidade em nossos corações é condição inegociável para habitarmos em Deus.
            É preciso percorrer o caminho reto do amor que não faz curvas e não toma atalhos, mas mira o coração de Deus e peregrina o coração humano assimilando dores, alegrias e esperanças a fim de chegarmos ao Senhor enriquecidos com a diversidade de riquezas que cada um compõe ao longo de sua história pessoal.
“Meus olhos se voltarão para os fiéis da terra, para fazê-los habitar comigo. Será meu servo o homem que segue o caminho reto.”
- Dedique tempo hoje para refletir sobre sua prática concreta de amor ao semelhante.
Que seu dia seja abençoado. Fique com Deus.
Pe. Fábio Gleiser

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Filipinas: Assassinado missionário italiano

Manila, 17 out (SIR) - Um sacerdote italiano, nas Filipinas ao serviço do Pontifício Instituto para as Missões Estrangeiras (PIME), foi assassinado na manhã de hoje. O Padre Fausto Tentorio foi atingido, ao sair de casa, por duas balas na cabeça, disparadas à queima-roupa, por um homem que não foi identificado por usar um capacete. O ataque ainda não foi reivindicado. Contudo, a agência católica AsiaNews adianta que o Padre Fausto trabalhava de perto com as populações tribais da zona de Cotabato do Norte, defendendo vigorosamente os seus direitos contra à indústria de extração de minerais que, segundo um paroquiano, “está destruindo o modo de vida” dos locais. Foi o terceiro missionário do PIME a perder a vida nas Filipinas, desde 1985.

São essas situações que nos levam a refletir, a que ponto vamos chegar ?

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Bento XVI anuncia "Ano da fé" e prepara Carta apostólica


O Papa Bento XVI presidiu neste domingo, 16, no Vaticano, a Missa de encerramento do Encontro com representantes de realidades eclesiais que trabalham com a nova evangelização. Durante a homilia, o Santo Padre anunciou o "Ano da fé" que se iniciará em 2012 juntamente com a comemoração dos 50 anos de abertura do Concílio Vaticano II.
"Exatamente para dar renovado impulso à missão de toda a Igreja de conduzir os homens para fora do deserto no qual geralmente se encontram em busca do lugar da vida, a amizade com Cristo que nos dá a vida em plenitude, gostaria de anunciar nesta Celebração Eucarística que decidi ordenar publicamente o “Ano da Fé”, que ilustrarei com uma explicativa Carta Apostólica. Este “Ano da Fé” se iniciará em 11 de outubro de 2012, no 50º aniversário de abertura do Concílio Vaticano II, e terminará em 24 de novembro de 2013, Solenidade de Cristo Rei do Universo. Será um momento de graça e de empenho para uma sempre mais plena conversão a Deus, para reforçar a nossa fé Nele e para anuncia-lo com alegria ao homem do nosso tempo", explicou

Fonte: Canção Nova

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Filme A Paixão de Cristo Legendado
                                                FICHA TÉCNICA
                                                   Tamanho: 682 MB
Título Original: The Passion of the Christ
Gênero: Drama / Gospel
Formato: Avi
Qualidade: DVDRip
Áudio: Aramaico e Latim
Legenda: Português
Ano de Lançamento: 2004
Filme A Paixão de Cristo Legendado
As últimas 12 horas da vida de Jesus de Nazaré (James Caviezel). No meio da noite, Jesus é traído por Judas (Luca Lionello) e é preso por soldados no Monte das Oliveiras, sob o comando de religiosos hebreus, que eram liderados por Caifás (Matti Sbraglia). Após ser severamente espancado pelos seus captores, Jesus é entregue para o governador romano na Judéia, Poncio Pilatos (Hristo Shopov), pois só ele poderia ordenar a pena de morte para Jesus. Pilatos não entende o que aquele homem possa ter feito de tão horrível para pedirem a pena máxima e eram os hebreus que pediam isto. Pilatos tenta passar a decisão para Herodes (Luca de Domenicis), governador da Galiléia, pois Jesus era de lá. Herodes também não encontra nada que incrimine Jesus e o assunto volta para Pilatos, que vai perdendo o controle da situação enquanto boa parte da população pede que Jesus seja crucificado. Tentando acalmar o povo e a província, que detesta, Pilatos vai cedendo sob os olhares incriminadores de Claudia (Claudia Gerini), sua mulher, que considera Jesus um santo.



terça-feira, 11 de outubro de 2011

sábado, 1 de outubro de 2011

Novena de Santa Rita...


PRIMEIRO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó gloriosa Santa Rita, protetora nos casos impossíveis, diante de vós me prostro com humildade e confiança, a fim de que intercedais em meu favor junto do trono de Deus.
Compadecei-vos das minhas dificuldades e dores por aquela consolação celestial experimentada pelos vossos piedosos pais, quando, estéreis, dada a idade avançada que tinham, mereceram conceber-vos, qual dádiva preciosa do céu. Por isso e mais por aquele milagre das abelhas de doce sussurro, que enxamearam em derredor de vossos lábios ao recém-nascer, alcançai-me com o favor que imploro, a graça de compreender o sentido sobrenatural da dor, para poder utilizá-la em bem de minha salvação.
Três Pai Nossos, Ave e Glória.
Antífona – Exultou o espírito de Rita em Deus, seu Salvador, ao receber o Espinho de Cristo, seu Esposo.
V - Assinalastes, Senhor a vossa serva Rita.
R - Com o sinal da vossa caridade e paixão.
OREMOS
Ó Deus, que vos dignastes conceder à Santa Rita tamanha graça, que havendo ela vos imitado no amor de seus inimigos, trouxesse no coração e na fronte os sinais da vossa caridade e sofrimento, concedei, nós vos suplicamos, que pela sua intercessão e merecimentos amemos os nossos inimigos e, com o espinho da compunção, perenemente contemplemos as dores da vossa paixão. Por Cristo, Nosso Senhor Amém.


SEGUNDO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó ditosa Santa Rita, advogada e consoladora dos atribulados, com grande confiança recorro à vossa intercessão a fim de que obtenhais de Deus o favor de que necessito.
Pela heróica submissão aos vossos pais e ao vosso diretor espiritual, mediante a qual sacrificastes o lírio da virginal pureza ao estado matrimonial; assim como pela dor que experimentastes ao deixar o doméstico e solitário abrigo onde tantas consolações gozastes em contínuo colóquio com Deus - oh ! por tantos motivos de sofrimento, vos rogo que me alcanceis com a graça que imploro, o desprendimento das coisas mundanas e a mais firme esperança nas divinas promessas de Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

TERCEIRO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó Santa Rita, estupendo prodígio de fortaleza: com o coração nos lábios torno a pedir-vos que intercedais por mim a Deus, a fim de que, benigno, volva o seu olhar misericordioso sobre a minha atual atribulação.
Pelos gravíssimos insultos que recebestes, durante dezesseis anos de vosso esposo colérico e impetuoso, e pela dor que padecestes, quando barbaramente o mataram; e ainda mais pelo que sofrestes com a obstinada resolução dos vossos filhos determinados a vingar a morte do pai, peço-vos que obtenhais de Deus a necessária fortaleza para que a minha vontade, sempre animosa, nunca desfaleça no meio dos sofrimentos. Amém.


QUARTO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó Santa Rita, modelo de mansidão e intercessora poderosa nos casos impossíveis, de todo o coração me dirijo, outra vez a vossa valiosa proteção, para suplicar-vos auxilio nesta minha grande necessidade.
Pela profunda humildade com que superastes as repetidas repulsas da Superiora do Convento de Cássia, até merecerdes o milagre extraordinário de ser introduzida no mosteiro, a portas fechadas, pelos santos protetores, obtende-me de Deus que resiste aos soberbos e com os humildes distribui as suas dádivas, a graça de alcançar uma verdadeira humildade que me seja fundamento de todas as virtudes. Amém.


QUINTO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó Santa Rita vítima da caridade, pelo amor divino de que ora vos inflamais no céu escutai as minhas preces e tornai-as aceitáveis ao Senhor fazendo com que, benigno, volva o olhar, não sobre a minha indignidade, mas sobre a grande necessidade que me angustia.
Por todas as lágrimas que derramastes pelos pecadores, ocasião em que se vos manifestou a eficiência da oração para afastar da terra os divinos castigos que provocamos, rogai também por min ao Senhor, para que eu me torne digno de receber, com o favor que almejo, um verdadeira zelo e um constante amor pelas almas resgatadas pelo preciosíssimo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.


SEXTO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó Santa Rita, perfeito modelo de obediência, favorecida com o dom dos milagres para serdes invocada nas extremas necessidades da vida pelos filhos da dor, - por amor da exatíssima obediência com que durante um ano inteiro regastes um lenho seco, de que milagrosamente brotou robustíssima videira, e bem assim pelos muitos milagres que Deus operou para premiar a vossa submissão às ordens dos vossos superiores - ó minha doce advogada, alcançai-me de Deus que eu submeta sempre a minha vontade ao seu divino querer, repetindo com a mente e o coração as palavras de Nosso Senhor "- Não a minha, mas a vossa vontade se faça!" Amém.


SÉTIMO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó Santa Rita, verdadeira mártir do Redentor, novamente vos imploro e não cessarei de fazê-lo até que me tenhais alcançado do vosso Divino Esposo a graça que tanto almejo.
Pelo dulcíssimo êxtase e pela acerba dor que sofrestes, quando em penhor de afeto o celeste Esposo vos transpassou a fronte com um dos espinhos de sua coroa alcançai-me do divino Redentor a graça que venho pedindo, e a de meditar frutuosamente a sua amarga paixão. Amém.


OITAVO DIA

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó afortunadíssima Santa Rita, que tão privilegiada fostes na terra, com grande amor e confiança venho rogar-vos que me tornei propício o Senhor Deus, concedendo-me a graça que imploro.
Pelos suavíssimos colóquios que de continuamente gozastes com Jesus e Maria, e pela vossa freqüente familiaridade com os bem-aventurados Anjos. Oh! alcançai-me de Jesus e Maria, a quem tanto amastes na terra, a graça que espero, e especialmente a de vê-los benignos nesta vida e favoráveis no momento da minha morte. Amém.






NONO DIA
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Ó querida Santa Rita, angustiado pela desventura, a vós me recomendo para que me não abandoneis junto do trono do Altíssimo, nesta tribulação demasiado amarga.
Eu vo-lo peço ditoso momento em que a vossa alma se apresentou perante o divino Juiz, rica de méritos, rica de virtudes; pelo inefável convite de aditar-vos na beatífica eternidade; pelos numerosos prodígios operados por Deus, mediante a vossa intercessão; assim pelo fausto anúncio do sino do mosteiro, o qual tangido por mãos angélicas, durante horas soou,  magnificando o vosso ingresso triunfal no céu.
Ó minha querida advogada e doce protetora, em vós, depois de Deus, ponho o meu refúgio na minha atual necessidade. Com a encomenda da vida passada, alcançai-me o perdão de todos os meus pecados, para que me seja dado encontrar-me convosco um ma no céu. Amém.


ORAÇÃO PARA O DIA DO ENCERRAMENTO
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Angustiado e com a alma oprimida por graves infortúnios, apresento-me perante a vossa santa imagem, ó minha advogada, Santa Rita, para que não cesseis de interceder por mim.
Agora, que sois ditosa na fruição do Sumo Bem, orai por mim, para que Deus se digne de conceder-me a graça que infatigavelmente solicito, a fim de poder repetir com alegria e em verdade que sois de fato a "Advogada dos casos desesperados e impossíveis." Amém.

Precisamos aprender a conviver....

O comportamento humano é bastante imprevisível. Ora se conduz pela razão, ora pelos sentimentos, ou até pelas paixões e maus instintos. Com tal variedade de reações, apresenta-se como ser equilibrado num tempo, mas logo depois pode entrar em cena como um ser profundamente desequilibrado e dominado por paixões. E o que é pior: pode ser levado para a maldade e para atos absolutamente indignos de um filho de Deus.

Lembremos apenas alguns exemplos: Assustar um tranquilo motorista com um buzinaço; dar carne misturada com vidro a um cachorro; gritar assustadoramente com uma criança porque quebrou um brinquedo; torturar física ou psicologicamente um semelhante; abandonar um faminto à sua sorte; dar orientações falsas para um perdido na estrada. Isso é ser mau. É deliciar-se com o malfeito. É rir da desgraça dos outros. Mostra que a pessoa não sabe que temos um Pai, que ama a todos os Seus filhos e filhas. Esqueceu um princípio primordial de Jesus: “Não faça aos outros o que não quer que lhe façam”.A convivência humana precisa ser aprendida, antes de tudo, na família. É lá que, desde criança, a raça humana deve aprender a conviver. Certos princípios morais, caso não sejam aprendidos no lar, jamais serão aprendidos no decorrer da vida. É por isso que dizemos de pessoa honesta e bem formada: “ela tem berço”. É muito bom ter pais que ensinam: Não faça os outros sofrer; não deve roubar nada do que pertence aos outros; não engane o semelhante; seja sempre uma pessoa asseada; pague as suas dívidas; procure colaborar com as pessoas boas... Nos dias atuais, mesmo em meio a dificuldades conhecidas, a escola deve ajudar nesta formação humana. Mas não podemos deixar de seguir o Mestre por excelência. “Ele passou pela vida fazendo o bem”. A motivação religiosa costuma ser uma das inspirações mais fortes que podem existir. Basta olhar para Ele, ver Seu exemplo de não prejudicar ninguém, sobretudo, Seus gestos positivos em favor de todos, para nos convencermos de que este é o caminho da felicidade.


Fonte: http://www.cancaonova.com/